No lado oriental de São Vicente, perto do aeroporto que serve a ilha, fica a Baía de São Pedro e a praia do mesmo nome, conhecida pelas excelentes condições que oferece para a prática de desportos aquáticos, como o windsurf de alta velocidade, o que atrai praticantes de todos os níveis, incluindo muitos campeões internacionais. 
 
Esta singular formação montanhosa, que enquadra os barcos do Porto Novo e domina a paisagem para quem circula na marginal do Mindelo, deve o seu nome ao facto de apresentar semelhanças com um rosto humano de perfil, um efeito particularmente visível ao pôr-do-sol.
 
A cidade do Mindelo, assim chamada em honra da pequena praia do mesmo nome no norte de Portugal, desenvolveu-se à sombra da actividade portuária: paragem obrigatória para navios de todas as nacionalidades, tornou-se ponto de encontro de marinheiros, o que talvez explique a razão por que é hoje considerada a capital cultural de Cabo Verde.

O Carnaval do Mindelo é, sem dúvida, o mais animado do país, embora tenha vindo a perder algumas das suas características originais, ao adoptar um modelo brasileiro; a cidade organiza também o MindelAct, um festival de teatro amador que todos os anos leva à ilha grupos de todo o mundo.

A disposição das ruas, a marca da presença inglesa, os monumentos da época colonial e a bela avenida marginal convidam aos passeios a pé; à noite, a cidade anima-se com os ritmos da morna, que pode ser ouvida e dançada em inúmeros bares e discotecas.
 
Sobranceira à Cidade Velha, no vértice da Achada de São Filipe, a Fortaleza Real de São Filipe domina a cidade que se desenvolve no vale.
A sua localização no extremo do planalto coloca-a numa posição de isolamento, conferindo-lhe excelente capacidade de observação do mar, dos acessos à cidade e das achadas do Salineiro e de São Lourenço.
A construção iniciou-se em 1587, na sequência do ataque de Francis Drake à cidade, dois anos antes, e foi terminada em 1593; o forte foi reconstruído na segunda metade do século XVIII.
Escavações arqueológicas recentes puseram a descoberto os muros dos antigos quartéis e da casa do capitão-geral. 
 
Situada a cerca de doze quilómetros a oeste da actual capital, a antiga capital de Cabo Verde foi implantada num vale profundo rodeado por altas montanhas escarpadas; o vale é atravessado por duas ribeiras que acabam por unir-se, formando um só curso de água; foram essas ribeiras que criaram a paisagem luxuriante do vale e que lhe deram o nome, Ribeira Grande.

Da fixação inicial, junto à baía, a cidade cresceu e desenvolveu-se em duas direcções: uma ocupou praticamente todo o interior do vale, a outra acompanhou a linha da costa; deste processo resultou um conjunto completamente envolto pelas montanhas, tendo como únicos acessos o porto e as antigas portas.

A cidade estrutura-se em sucessivas plataformas, que correspondem a outras tantas fases da sua construção; as duas mais baixas são conhecidas como «baixa», sendo as restantes a «alta».
 
Para chegar a esta pequena localidade no extremo oriental da ilha, junto à Ponta do Calhau, é necessário seguir a estrada que atravessa a ilha entre dois vulcões extintos e ao lado de uma cratera bem conservada.

No caminho, vale a pena visitar a Praia de Topim, com as suas famosas grutas, e apreciar a paisagem, marcada por pequenos lotes de terreno onde crescem os poucos legumes que a terra dá.

 
A cerca de dez minutos de carro do Mindelo, a Baía das Gatas é uma piscina natural de águas convidativas, rodeada de montanhas e de uma paisagem agreste.

O local tornou-se famoso devido ao Festival da Baía das Gatas, que começou por ser uma iniciativa de um grupo de amigos e acabou por ganhar uma dimensão internacional.

Todos os anos, no fim-de-semana de Agosto em que brilha a Lua Cheia, artistas e público convergem para a bela baía, para participar numa festa que já não é só musical, incluindo também danças, iniciativas desportivas, corridas de cavalos, etc.